211133-quem-casa-quer-casa-dicas-de-como-comprar-seu-imovel-1280x640-1110x630

Caixa lança linha de crédito imobiliário com taxa de juros fixa.

Caixa Econômica Federal lançou nesta quinta-feira (20), em evento no Palácio do Planalto, sua primeira linha de crédito para a casa própria com taxa de juros fixa.

Segundo a Caixa, a nova modalidade de crédito terá taxa de juros de 8% até 9,75% ao ano, válida para imóveis residenciais novos e usados. Poderá ser financiado até 80% do imóvel (veja mais abaixo os detalhes sobre a linha de crédito).

As contratações pela nova linha poderão ser feitas a partir de sexta-feira (21). A Caixa vai disponibilizar R$ 10 bilhões. A linha com taxa fixa não terá correção como outras linhas de crédito, cujas taxas variam de acordo com a Taxa Referencial (TR) ou a inflação (IPCA).

Segundo informou a Caixa, o cliente poderá escolher entre sistemas de amortização SAC, para contratos de até 360 meses, e Price, para financiamentos em até 240 meses. Ainda continuam disponíveis para o público as outras modalidades já existentes de financiamento da casa própria, com taxas corrigidas pela TR ou pelo IPCA.
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a modalidade da taxa fixa tem as seguintes vantagens:

  • Transferência do risco do cliente para o banco
  • Previsibilidade das prestações
  • Possibilidade de securitização, ou seja, de venda de carteira

Ele disse ainda que o novo modelo alinha o Brasil às práticas de mercados maduros, como os Estados Unidos. O presidente o Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em discurso que a opção de crédito imobiliário com taxas prefixadas é um “passo importante”, por apresentar uma nova opção no mercado.
“Financiamento com taxa pré [fixadas] são importante passo. Queremos mais opções, mais competição e menor custo”, disse.
Campos Neto destacou que o lançamento da Caixa foi possível graças ao cenário geral da economia do país, com taxa de juros e inflação baixas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que também discursou no evento, afirmou que, o governo, quando formula políticas econômicas pensa “em todos os brasileiros e, particularmente, nos mais humildes”.

Detalhes da nova linha de crédito

A Caixa definiu critérios para estabelecer os valores de taxas taxas fixas. Há condições diferentes para correntistas do banco e para servidores públicos, por exemplo.

Taxa mínima

Pagarão a taxa mínima os clientes que, segundo a Caixa, se encaixarem em critérios “diferenciados”, a serem avaliados pelo banco caso a caso. Para esses clientes, as taxas serão:

  • Financiamento em até 10 anos: 8%
  • Financiamento em até 20 anos: 8,5%
  • Financiamento em até 30 anos: 9%

Taxas para correntistas servidores públicos

Nesse caso, além de correntistas e servidores, os clientes devem ter algum algum serviço contratado com o banco (como um seguro).

  • Financiamento em até 10 anos: 8,25%
  • Financiamento em até 20 anos: 8,75%
  • Financiamento em até 30 anos: 9,25%

Taxas para correntistas que não são servidores públicos

Também para quem não é servidor vale a regra de ter algum serviço contratado com o banco.

  • Financiamento em até 10 anos: 8,5%
  • Financiamento em até 20 anos: 9%
  • Financiamento em até 30 anos: 9,5%

Taxa para quem não é correntista

  • Financiamento em até 30 anos: 9,75%

Portabilidade

  • Para contratos da Caixa: no momento não é possível mudar de modalidade – sair de TR para taxa fixa ou de IPCA para taxa fixa, por exemplo. O banco estuda permitir essa portabilidade no futuro.
  • Para contratos de outros bancos: o cliente que tem financiamento corrigido pela TR em banco privado poderá migrar para o modelo de taxa fixa da Caixa.

Valores das prestações

A taxa de juros é fixa, mas os valores das prestações variarão conforme o sistema de amortização, que estabelecem durações máximas diferentes dos contratos (20 ou 30 anos).

  • SAC: O valor da prestação será decrescente. O tempo máximo de financiamento é de 360 meses – 30 anos.
  • PRICE: A prestação terá um valor fixo. O tempo máximo de financiamento é de 240 meses – 20 anos.

    FONTE: Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília